Biblioteca Central

O objetivo do projeto da Biblioteca Central é conter um acervo de dois milhões de livros e atender toda a comunidade universitária que frequenta o campus. Para isso, Manoel Coelho compôs um edifício formado por um prisma central, de vidro, e dois prismas laterais, revestido com cerâmica, o que contrasta a transparência do volume central e a opacidade dos volumes laterais. O significado de sua implantação flutua continuamente entre definir a praça central do campus e, por estar nessa praça, ocupar uma localização proeminente, realçando sua importância simbólica como repositório e manancial de conhecimento. Entrando-se na biblioteca, percebe-se que o prisma central tem um pé direito equivalente a quatro andares, coroao por uma pirâmide de vidro. Durante o dia, a luz natural atravessa essa pirâmide e se distribui pela área de consulta, leitura e estar. Para chegar até a área de leitura, essa luz atravessa um conjunto de vitrais artísticos que se distribuem em três pavimentos, criando um efeito diáfano. Há, no interior da biblioteca, grandes painéis em cerâmica e ferro, concebidos por artistas curitibanos e professores da universidade. Mas as obras de arte mais memoráveis são os vitrais, que monumentalizam a área de leitura e, por extensão, do próprio ato de estudar. Tratando-se de uma Universidade católica, tais vitrais sugerem conexões com as massas translúcidas das catedrais do Medievo, como se o arquiteto e a Congregação Marista buscassem criar uma catedral do conhecimento.