Universidade Positivo • Bloco Didático

Cada par de blocos didáticos conta com uma praça de alimentação entre eles. Pode-se percorrer o caminho entre um bloco e outro sob uma galeria coberta, que atravessa o interstício lateral de cada um dos blocos e cruza a respectiva praça de alimentação. Nessa passagem, Manoel Coelho revelou sua maestria para criar uma escala arquitetônica introvertida. Um projeto destituído de criatividade poderia amesquinhar os interstícios entre os blocos, reduzindo-os a meros resíduos espaciais, necessários para manter a insolação e a ventilação dos próprios blocos. Na Universidade Positivo, tais interstícios são espaços a céu aberto. Porém a cobertura acrílica na porção central sugere um ambiente bem definido, captado como uma antessala da área de alimentação. Isso incentiva o convívio.
Os blocos foram situados a distâncias máximas de duzentos metros uns dos outros, com passagens cobertas entre eles e conexões pelas portas principais. Da mesma maneira, definiu-se a posição dos edifícios singulares. A distância pequena entre os blocos didáticos incentiva o convívio dos estudantes dos diversos cursos. O mesmo vale para as praças de alimentação colocadas entre cada par de blocos didáticos. E a ideia de convívio aparece, também, no percurso cotidiano entre as salas de aula e a Biblioteca, que os obriga a passar diante da sala de convívio dos professores, no envidraçado edifício da administração. Em vez do isolamento administrativo numa torre de marfim recriada com materiais de construção contemporâneos, esse cruzamento rompe as hierarquias, ao estabelecer interações entre estudantes e profissionais.